PENSÃO POR MORTE: QUEM TEM DIREITO E COMO SOLICITAR

A pensão por morte é um benefício pago pelo INSS aos dependentes do segurado que falece.
O objetivo é garantir segurança financeira à família, substituindo a renda do trabalhador que sustentava o lar.
Contudo, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre quem realmente tem direito, quais documentos são exigidos e como fazer o pedido corretamente.
Por isso, entender as regras atuais é essencial para não perder prazos e evitar indeferimentos.


Quem tem direito à pensão por morte?

A pensão por morte é concedida aos dependentes do segurado falecido — desde que ele estivesse contribuindo ao INSS ou já recebesse algum benefício previdenciário.
A lei divide os dependentes em três classes principais:

  1. Primeira classe: cônjuge, companheiro(a) em união estável e filhos menores de 21 anos (ou de qualquer idade, se inválidos ou com deficiência);

  2. Segunda classe: pais do segurado, se comprovarem dependência econômica;

  3. Terceira classe: irmãos menores de 21 anos (ou inválidos/deficientes) que dependiam do segurado.

Atenção: a existência de dependentes na primeira classe exclui o direito das demais. Assim, por exemplo, se há cônjuge e filhos, os pais ou irmãos não podem receber o benefício.


União estável dá direito à pensão por morte?

Sim. O companheiro em união estável tem o mesmo direito que o cônjuge casado no papel.
No entanto, é preciso comprovar a convivência pública, contínua e duradoura, por meio de documentos como:

  • Declaração de união estável registrada em cartório;

  • Contas conjuntas;

  • Comprovantes de residência no mesmo endereço;

  • Certidão de nascimento de filhos em comum;

  • Declaração de Imposto de Renda constando o companheiro como dependente.

Dessa forma, o INSS reconhece o vínculo e libera o pagamento da pensão.


Qual é o valor da pensão por morte?

O valor da pensão depende do benefício que o segurado recebia ou teria direito se fosse aposentado por invalidez.
Atualmente, o cálculo é feito da seguinte forma:

  • 50% do valor do benefício + 10% por dependente, até o limite de 100%.

Exemplo: se o falecido deixou esposa e dois filhos, o total será de 80% do valor original (50% + 10% + 10% + 10%).
Após os filhos completarem 21 anos, a cota deles é encerrada, e o valor é redistribuído entre os dependentes remanescentes.


Por quanto tempo a pensão é paga?

A duração da pensão varia conforme a idade e o tipo de dependente:

  • Filhos e irmãos: até os 21 anos (salvo se inválidos ou com deficiência);

  • Cônjuge ou companheiro: de 4 meses a vitalícia, conforme o tempo de união e a idade do dependente.

Por exemplo:

  • Se o segurado faleceu com menos de 18 contribuições ou a união tinha menos de 2 anos → o benefício dura 4 meses;

  • Se o casamento ou união tinha mais de 2 anos e o falecido contribuiu por mais de 18 meses → o prazo varia entre 3 e 20 anos, podendo ser vitalício em casos específicos.

Portanto, o tempo de duração depende das condições pessoais e do histórico contributivo do segurado.


Como solicitar a pensão por morte no INSS?

O pedido é feito online, de forma simples e gratuita, pelo site ou aplicativo Meu INSS.
Basta seguir os passos:

  1. Acessar o portal Meu INSS e fazer login com o Gov.br;

  2. Selecionar “Pensão por morte” na lista de serviços;

  3. Anexar os documentos necessários, como:

    • Certidão de óbito;

    • Documentos pessoais do segurado e do dependente;

    • Provas de dependência econômica e vínculo familiar;

  4. Acompanhar o andamento do pedido pela plataforma.

Se houver exigência de documentos complementares, o sistema informará a data e o prazo para envio.


E se o INSS negar o pedido?

Caso o benefício seja negado, o dependente pode apresentar recurso administrativo dentro do prazo de 30 dias.
Se mesmo assim o pedido continuar indeferido, é possível buscar a Justiça Federal para garantir o direito.
Com o apoio de um advogado previdenciário, o processo se torna mais rápido e técnico, aumentando as chances de sucesso.


Conclusão

A pensão por morte é um direito essencial para quem dependia financeiramente do segurado falecido.
Por isso, conhecer os requisitos, preparar a documentação e acompanhar o pedido com atenção são passos fundamentais.
Assim, o dependente garante a segurança financeira que a lei previdenciária busca proteger em momentos de perda e vulnerabilidade.

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